Somando medos...
Ah! Clarice, o tempo passa e te mostra encantada, intérprete das angústias de uns e outros, e das tuas.
Olhaste bem fundo faces encobertas pelas rotinas pesadas dos passageiros das vidas, estendendo-lhes tuas mãos para que a soma de seus medos transmutasse em luz o amor que todos merecem ter.
"Agora preciso de tua mão,
não para que eu não tenha medo,
mas para que tu não tenhas medo.
Sei que acreditar em tudo isso será,
no começo, a tua grande solidão.
Mas chegará o instante em que me darás a mão,
não mais por solidão, mas como eu agora:
Por amor".
Clarice Lispector
Paulo Afonso de Barros
Enviado por Paulo Afonso de Barros em 15/10/2017
Alterado em 15/10/2017