Paulo Afonso de Barros
preciosos segundos de paz...
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Como nossos pais...
Naquele dia, desejando que fosse melhor que todos os outros, lhe disse.
- Bom dia, desculpe-me por ontem, uma vez mais lhe falei o que não devia e da pior maneira possível...
Apenas reiterava mais um pedido de perdão a quem o amava e suportava seu comportamento de sempre, mas não conseguia mudar de atitude, repetia os passos batidos que não o levaram até então a lugar algum, desnudando suas enormes dificuldades de se olhar, ouvir-se e melhor entender as razões para continuar carregando tantas mágoas e sofrimentos.
Acessar histórias de vida, acreditando apenas na memória, nem sempre fiel aos fatos, é reforçar as crenças enraizadas de que não conseguimos mudar o passado e que estamos fadados a sermos vítimas de nós mesmos.
Nada tem que ser para sempre, especialmente quando envolve o sofrer sem sentido por acreditar que não há jeito ou está gravado em pedra e, portanto, imutável.
O autoconhecimento é uma jornada possível para desarmar essas armadilhas e se permitir um novo caminho e verdadeiros dias novos para si mesmo a para com aqueles que nos amam e nos toleram, melhor encarando as dificuldades normais do dia-a-dia que, por si só, bastam.
Quando não acreditamos que merecemos dias melhores em nossa própria companhia optamos por uma vida ancorada na amargura e sofrimento que nos leva a infelicitar também quem nos escolheu para viver acreditando numa saída para algo melhor.
Quem está ao lado pode pensar da mesma maneira, nessa hipótese passam a ser dois a acreditar que a vida tem que ser como sempre foi, em muitas das vezes igual à saga de seus pais.
Paulo Afonso de Barros
Enviado por Paulo Afonso de Barros em 28/10/2016
Alterado em 29/10/2016
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